TRILHA URBANA RECIFE PARA CIMA

A trilha urbana Recife Para Cima, foi desenvolvida por alunos da Faculdade Frassinetti do Recife (Joyce Pereira, Rubens Santos e Viviane Sampaio), levou esse nome Recife para cima, por enfatizar a beleza da arquitetura dos prédios históricos do Recife, que muitas vezes passa despercebida aos nossos olhos.

O grupo percorreu os bairros do Recife Antigo, Santo Antônio e São José explorando, as construções antigas, as paisagens urbanas, e o seu cotidiano, as diversas atividades que no seu interior se produzem. É neste cenário de presente e passado que a trilha Recife Para Cima, oferece a oportunidade de compartilhar o cotidiano de uma cidade onde estar presente a história, a cultura popular, o artesanato, a gastronomia, as figuras populares, os objetos e artigos comercializados.

A trilha começa no bairro do Recife Antigo no marco zero. Com mais de quatro séculos de existência a história do Recife está inserida no contexto da colonização européia na América. Seu porto, porta de entrada da capitania de Pernambuco, fazia sua ligação com outros países, proporcionando a entrada de diferentes povos e gente das mais diversas procedências. O pequeno vilarejo de pescadores, marinheiros e mercadores cresceu, ganhou ruas com traçados e arquitetura, nascia assim o Recife. No marco zero podemos contemplar o painel “A Rosa dos Ventos”, o parque das esculturas, de Francisco Brennand, construções do final do século XIX e século XX, como o centro cultural do Banco Real, o prédio da antiga Bolsa de Valores e o da Associação Comercial.

 Marco Zero

Rosa dos Ventos

Parque das esculturas

Seguimos para a rua do Bom Jesus, onde encontraremos a primeira Sinagoga das Américas,a Embaixadas dos Bonecos Gigantes, a presença de Antônio Maria uma das escultura do circuito da poesia, o museu a céu aberto e a Torre de Malakoff tombada pelo patrimônio histórico. Contornamos a Praça do Arsenal, com projeto original de Roberto Burle Marx e seguimos para a Rua do Apolo onde encontraremos o Teatro Apolo o mais antigo do Recife que teve sua construção iniciada em 1839. Matem a fachada original em mármore de Lisboa. Vamos ao sentido da Rua Madre de Deus e no percurso observamos os antigos casarões do final do século XIX no estilo neoclássico. Lá chegando visitamos a Igreja Madre de Deus de construção barroca de 1709, onde é utilizado arenito dos arrecifes na construção da sua fachada e contemplamos o Paço da Alfândega. Na beira do Capibaribe encontramos outro poeta do circuito da poesia, Ascenso Ferreira. Vamos atravessar o rio pela primeira ponte construída no Brasil, a ponte Mauricio de Nassau. No percurso da travessia encontramos outro poeta, Joaquim Cardoso.

Sinagoga Kahal Zur Israel

Poeta Antonio Maria

Rua do Bom Jesus

Torre de Malakoff

Embaixada dos Bonecoa Gicantes

Praça do Arsenal

Paço Alfandega

Gabinete de Leitura

Chegamos ao bairro de Santo Antônio. No século XIX , o bairro ficou famoso por abrigar as ruas do comércio elegante, das modistas, das perfumaria,das joalheria. Caminhamos pela Rua do Imperador onde estão, o Gabinete de Leitura e a antiga cadeia pública. Paramos para visitar o Convento Franciscano com as igrejas de Santo Antônio e São Francisco, o museu Franciscano e a Capela Dourada um dos maiores símbolos da arte sacra barroca do Brasil. Seguimos para o conjunto arquitetônico da Praça da República formada por três belos jardins, um centenário baobá e diversas esculturas francesas em ferro. Palácio do Campo das Princesas, Teatro Santa Isabel e a antiga sede do Liceu de Artes e Ofício. Continuamos nossa caminhada pela Dantas Barreto em direção a Praça da Independência, sendo mais conhecida como Pracinha do Diário por abrigar a sede do mais antigo jornal em circulação da America Latina, o Diário de Pernambuco. Nela encontramos uma placa com a reprodução da primeira página do Diário e mais um poeta do circuito, Carlos Pena Filho. Podemos ver o primeiro prédio da cidade do Recife, do inicio do século XX.

Convento Franciscano

Capela Dourada

Praça da Republica

Palacio do Campo das Princesas

Tatro Santa Izabel

Liceu de Arte e Oficios

Vamos em direção ao Largo do Rosário onde estar a Igreja do Rosário dos Homens Pretos que é um exemplar do barroco Brasileiro. Nos séculos XIII e XIX foi palco de coroação de reis negros, que originaram os grupos de Maracatu Nação. Seguimos para o bairro de São José, olhando para cima, contemplado os sobrados antigos do final do século XIX, magros, esguios e altos com seus telhados agudos, exibindo a influência dos europeus. Apesar do seu caráter essencialmente comercial o bairro de São José soube modernizar-se sem, contudo abandonar sua cultura, preservando seu conjunto arquitetônico de mais de duzentos anos. Chegamos ao Pátio do Livramento com seus sobrados e a Igreja do Livramento dos Homens Pardos do século XVII. Seguimos pelas ruas estreitas e cheia de ambulantes focando na cidade viva, de diferentes cheiros ( jaca, milho cozido, frutas cortadas, acarajé ) e sons de cd, alto falante, comprimento de vendedores, cantores populares. Neste percurso encontramos a farmácia Sabino Pinho do final do século XIX ainda funcionando. Chegamos ao Pátio do Terço onde se encontra a Igreja Nossa Senhora do Terço, é pequena, esguia e alta. Tem uma só torre. A construção é de 1726. Na frente da Igreja, Frei Caneca foi destituído de suas ordens sacras e levado para o Forte das Cinco Pontas onde foi fuzilado. No Largo da Igreja, os grupos de maracatu nação se reúnem na tradicional Noite do Tambores Silenciosos.

Sobrado - Bairro de Santo Antonio

Sobrados - Bairro de Santo Antonio

Sobrados - Bairro de Santo Antonio

A trilha urbana Recife para Cima, sem dúvidas é uma ótima opção de conhecimento, cultura, história e beleza, que nos faz admirar e confirmar a grandeza e riqueza que existe em Pernambuco e que passamos todos os dias e não se quer nos damos conta.

[Fotos Rubens, Viviane e Desconhecidos]

Postado por: Joyce Pereira.